A guerra é um tema recorrente em videogames, principalmente em títulos de tiro e estratégia. Muitos jogos retratam conflitos históricos, mas existe uma linha especial de games que exploram guerras fictícias, baseadas em tensões geopolíticas reais que poderiam ter acontecido, ou até mesmo poderiam acontecer.
Esses conflitos alternativos, geralmente entre grandes potências mundiais como EUA, Rússia, China e outros, misturam fatos plausíveis com cenários criativos, oferecendo uma experiência imersiva e dramática. Que tal conferir alguns títulos de guerra nos jogos que apresentam confrontos históricos e fictícios?
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Call of Duty: Modern Warfare (2019)
Este soft reboot da famosa franquia traz uma narrativa intensa e realista que aborda um conflito fictício, mas muito plausível, entre forças ocidentais, lideradas pelos EUA contra um grupo terrorista e uma intervenção russa. O jogo mergulha fundo em temas contemporâneos como terrorismo internacional, operações clandestinas e instabilidade política, explorando zonas de conflito reais como a cidade fictícia de Urzikstan.
O enredo mostra como a guerra moderna é complexa, envolvendo não só combates diretos, mas também ameaças assimétricas e conflitos híbridos, com uso de propaganda, ataques cibernéticos e alianças instáveis. Além das missões tradicionais de combate, o jogo chama atenção para as consequências humanitárias da guerra, trazendo uma experiência imersiva que mescla ação e reflexão.
Battlefield 3
Battlefield 3 apresenta uma guerra fictícia, mas muito plausível, entre os Estados Unidos e uma coalizão liderada pela Rússia, com eventos que se desenrolam em diversas partes do mundo, como Paris, Teerã e a capital americana, Washington D.C.
O jogo destaca-se por seu realismo nos combates e pela representação detalhada de veículos, armas e ambientes, fazendo com que o jogador sinta estar no meio de uma guerra contemporânea que poderia muito bem acontecer, dada a crescente tensão entre as superpotências globais retratadas.
Medal of Honor (2010)
Diferente dos títulos anteriores da franquia, que focavam na Segunda Guerra Mundial, Medal of Honor (2010) traz um cenário contemporâneo, inspirado na guerra do Afeganistão. Embora o jogo seja baseado em eventos reais, ele constrói uma narrativa fictícia focada nas operações secretas de soldados da Tier 1, uma unidade de elite do exército americano.
O conflito apresentado reflete perfeitamente a guerra moderna, com combates assimétricos, uso de tecnologia de ponta e missões que vão desde infiltrações silenciosas até batalhas abertas contra forças insurgentes. Apesar de se inspirar diretamente na realidade, o jogo cria situações, personagens e eventos fictícios, oferecendo uma visão intensa e cinematográfica de como seriam os bastidores de uma guerra contemporânea travada fora dos olhos do público.
Homefront
Homefront é um dos exemplos mais ousados de guerra fictícia que poderia ter acontecido. O jogo apresenta um futuro alternativo onde a Coreia do Norte, após unificar-se com a Coreia do Sul sob um regime ditatorial, se torna uma superpotência militar e tecnológica. Aproveitando uma série de eventos globais, como o colapso econômico dos EUA e o enfraquecimento da ordem mundial, a Coreia lança uma invasão em território americano.
O jogo coloca o jogador na pele de civis e membros da resistência lutando pela libertação dos Estados Unidos, transformando bairros suburbanos, escolas e postos de gasolina em campos de batalha. A premissa, embora pareça improvável à primeira vista, foi construída sobre um pano de fundo político bem detalhado, com acontecimentos geopolíticos que poderiam, teoricamente, levar a esse cenário distópico.
Sniper Elite 2
Sniper Elite 2 é ambientado nos momentos finais da Segunda Guerra Mundial, em 1945, mas vai além dos fatos históricos ao criar um cenário fictício envolvendo uma corrida desesperada por tecnologia militar. O jogador assume o papel de Karl Fairburne, um atirador de elite americano que tem como missão impedir que cientistas alemães do programa de foguetes V-2 caiam nas mãos da União Soviética.
Apesar de se passar em um contexto real, o enredo é uma ficção que explora um conflito silencioso e plausível: a disputa tecnológica e científica que ocorreu nos bastidores entre EUA e URSS, antes mesmo da Guerra Fria começar oficialmente. O jogo retrata um tipo de guerra que não é travada em grandes frentes de batalha, mas sim nas sombras, por informações, tecnologia e controle do futuro armamentista mundial.
Spec Ops: The Line
Spec Ops: The Line apresenta uma guerra fictícia, mas com tons extremamente plausíveis e perturbadores, que se desenrola em Dubai, após a cidade ser devastada por tempestades de areia catastróficas e isolada do mundo. Nesse cenário, uma unidade do exército americano, o 33º Batalhão, inicialmente enviada para ajudar na evacuação, acaba se rebelando e toma controle da cidade, instaurando uma ditadura militar.
O jogador controla o Capitão Martin Walker, enviado com sua equipe para investigar o desaparecimento do batalhão. Aos poucos, o que começa como uma missão de reconhecimento se transforma em um mergulho nas consequências psicológicas da guerra, da desobediência militar e do colapso de cadeias de comando. Apesar do ambiente de Dubai ser fictício, o conflito, as decisões morais e as situações retratadas são extremamente realistas, refletindo os horrores das guerras.
Call of Duty: Black Ops II
Call of Duty: Black Ops II leva a franquia para um cenário de guerra futurista, porém fundamentado em tensões bem plausíveis entre grandes potências. A história se passa em dois períodos: durante a Guerra Fria, nos anos 80, e em um futuro próximo, em 2025 (sim, este ano). Nesse futuro, os Estados Unidos e a China estão à beira de um conflito global, causado por uma nova corrida armamentista envolvendo recursos tecnológicos e minerais raros, essenciais para a indústria de guerra moderna.
O jogo explora a guerra cibernética, o uso de drones, veículos não tripulados e armamentos de última geração, criando uma visão assustadoramente realista de como as guerras podem ser travadas nas próximas décadas. Além disso, há uma narrativa geopolítica complexa, com facções, terrorismo, sabotagem e ataques indiretos entre superpotências, exatamente como aconteceria em uma guerra fria moderna.
Call of Duty: WWII
O jogo acompanha soldados da 1ª Divisão de Infantaria dos EUA desde o Dia D, na Normandia, até a ofensiva final contra a Alemanha Nazista. A campanha é baseada em fatos históricos, com locais, batalhas e equipamentos fiéis ao período. No entanto, assim como em muitos jogos ambientados em guerras reais, existem elementos de dramatização e missões que misturam ficção e realidade.
Algumas operações e personagens são criações ficcionais, pensadas para enriquecer a narrativa e a experiência do jogador. Mesmo assim, o jogo permanece como uma representação da história. Para quem tem curiosidade em jogar, o mesmo está a caminho do Xbox Game Pass.
Command & Conquer: Red Alert 2
Command & Conquer: Red Alert 2 é um clássico dos jogos de estratégia que apresenta uma das guerras fictícias mais icônicas e, de certa forma, plausíveis dentro de um universo alternativo. O jogo parte de um ponto de divergência na história, onde Albert Einstein viaja no tempo e impede que Hitler suba ao poder, eliminando a ameaça nazista.
Porém, sem o nazismo, a União Soviética cresce como uma superpotência militar agressiva, dando início a uma guerra total contra os Estados Unidos e seus aliados. O conflito se espalha por todo o planeta, com invasões em solo americano, ataques aéreos, batalhas em cidades como Washington D.C., Nova York e até em locais improváveis como Hollywood.
Battlefield 4
Battlefield 4 apresenta uma guerra fictícia ambientada em um futuro muito próximo, mas com raízes totalmente plausíveis nas tensões geopolíticas modernas. O enredo gira em torno de um conflito global onde a China se torna o centro das atenções após um golpe de estado que coloca no poder um líder militar pró-Rússia. Isso gera uma escalada de tensões entre Estados Unidos, Rússia e China, levando o mundo à beira de uma guerra total.
O jogo coloca o jogador em meio a batalhas de larga escala, tanto em ambientes urbanos, como Xangai, quanto em zonas de combate marítimo e aéreo, refletindo a complexidade dos conflitos modernos. A trama explora bem o conceito de guerras híbridas, com espionagem, manipulação política, golpes militares e intervenções estrangeiras.
Qual jogo de guerra dessa lista mais te marcou? Conta pra gente nos comentários!